Quando pequeno
Achava ser diferente
Ter um plano terreno
Aquilo não saia de sua mente
Agora, é simplesmente
Um pulverizador de veneno
Na fazenda de um parente
Colhendo maça – o fruto obsceno
Mira o pomar prostrado
Sozinho à janela
Suspira com pesar, frustrado
Sequer uma donzela
Tampouco fora herói honrado
Na cisma sombria frequente
Amarga o resto de sua pobre vida
Sequer apareceu a serpente
Para lhe ofertar a maça prometida
Um Adão sem Eva, sem pecado
Um pequeno menino assustado
Que se escondeu na tirania dos anos
Envolto em um casco ressecado
Sem sonho, apenas mais um ledo engano!
Decimar Biagini
Nenhum comentário:
Postar um comentário