DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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domingo, 1 de maio de 2011

XENOFOBIA GALOPANTE





XENOFOBIA GALOPANTE


- Daonde tu és forasteiro? (1)
- Sou das bandas do poente. (2)
- Acaso és um justiceiro? (1)
- Se disser que sim, ficarás valente? (2)

Miram os olhos de forma fixa e avermelhada.

- Honório, sirva um pouco de cana ao infeliz (1).
- Desculpe, hostil habitante dessa comuna,
mas não aceito mimos, não sou do tipo meretriz (2).
- Escute, imbecil ser errante de égua lubuna,
aqui sou eu quem paga, aqui sou eu quem te diz:
vira este copo e some dessa cidade,
busca o teu oriente a galope
e se olhares para trás conhecerás tua verdade (1).

- Glup, glup, glup, argh (2).
Pouco depois.
- Pocotó, pocotó, pocotó (3).
- Bang (1).
- Ai, ai (2)

- Puta que pariu tche, não era para ser assim (1).
- O merda do contra-regra argentino, trocou a bala de festim (1).

Decimar Biagini

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