DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

POEIRA CÓSMICA

Ritmos infradianos
Nas células cerebrais
Coração acelera mais
Faço poemas circadianos

O blog vou fomentando
Dançante em estado puro
O resto vou improvisando
Não fico em cima do muro

Todavia, esperar muito
Do poeta e sua verve
De infindável assunto
Ao incauto, nada serve

Decimar Biagini

FIXAÇÃO



A palavra se desdobra
Me perco nessa manobra
A rima exige adrenalina
Viro a frase, como uma esquina

Pensamento e sentimento
Memória em duelo de esgrima
Escrito e já lido no momento
Em que findo a estrofe acima

Os fonemas já não importam
A palavra se alforria no verso livre
Analogias essenciais nos confortam
Atento na poesia, na metáfora inclusive

Caprichar na leitura, só depois
No máximo para uma boa declamação
Leitor e Poeta, serão dois sóis
A buscarem órbita na identificação

A ação social criadora
Enxerga o final do poema sem faróis
A chave de ouro vindoura
Tentará concluir aquilo que restou de nós

Decimar Biagini

O RUBOR DA NATUREZA

Ele pega na mão dela
Ela se afasta lentamente
Separados pela janela
Eles parecem tão sorridentes

A doce inocência
Um desvendar interiorano
Sem TV, sem demência
Devagar quase parando

E seguem namorando
Com a supervisão da espingarda
- Vou lá, estão me chamando
Diz com vermelhidão em sua pele parda

- Tudo bem meu amor, fico esperando
- Casamento na roça é sério, mas não tarda!

Decimar Biagini

terça-feira, 10 de maio de 2011

SUCESSO ANÔNIMO - MARIA RABALDO FREITAS

Maria Rabaldo Freitas é assinante da Zero Hora há 25 anos, nunca ganhou uma bala do grande jornal. Tampouco foi convocada a participar do conselho do leitor. Por isso minha homenagem a esta pessoa tão importante para o enriquecimento da mídia informativa no Brasil. Maria saiu do anonimato no google em 30 de abril de 2010. Jamais foi citada na Wikipedia. Mesmo assim ela mereceria um concerto de Lang Lang, pois ninguém seria tão persistente a ficar in albis por tanto tempo.

Este poeta estará comprometido com figuras anônimas toda quarta-feira.

VISÕES E GOSTOS

Existe grande diferença
entre o que gosta do que ve,
e aquele que ve o que gosta.

O primeiro se deixa levar pela supresa,
o segundo causa certo medo,
pela absurda obsessão.

Decimar Biagini

SOL A PINO

A alma trabalhada
Pelos séculos do relógio
Povoada e coroada
Fulcrada no ilógico

De sombra cintilada
Queimada em súbito
Do poeta não se leva nada
Imortal é o poema lúdico

Pois desperta a criança
Marcada no velho ponteiro
Do sorriso que não cansa
Ao sentir no toque do meio dia
Aquele nostálgico cheiro
Da comida forte, da dona Maria

Decimar Biagini

______________________
Homenagem a sua mãe: Jonara Maria

APOTEÓTICA CANÇÃO

Eu não esqueci
Do que teu corpo me fez
De tudo que senti
Quando te tive naquela vez

Do que a Deus pedi
Na manhã orvalhada
Quando me despedi
Te chamando de amada

Minha alma doi por ti
Sobretudo de amor
Julguei perdido, e daí
Hoje te peço por favor
Volta para mim
Pois no vazio dessa dor
Ficar sozinho é o pior fim
Para um poeta cantor

Decimar Biagini

DOIS POEMAS DIÁRIOS

As tantas folhas que não escrevi

Não é culpa do leitor este pranto
E sim da minha falta de criatividade
Como quem deixa o sapato num canto
E abdica de trilhar a busca da verdade
Por conta do fardo do amor e seu ledo encanto
O poeta já perdeu a credulidade na outra metade

No entanto, não é culpa do leitor minha felicidade
Como quem segue cego o caminho do nirvana
E com os amplos olhos da luz do coração, na flor da idade
Nem serenata, nem alfarrábios, só a musa me chama
É como a rosa única, o anjo místico, o amor de verdade
Como pode um poeta em verve, sair tão rápido da lama?

Vida de poeta é uma freqüencia que beira a bipolaridade
Sim, as tantas folhas que não escrevi foram sentidas por quem ama!

Decimar Biagini

ÂNIMO EXALTADO

Ele acordou
Foi urinar
Então retornou
Voltou a urinar
Pigarreou
Seguiu a ninar

Levantou antes do galo
Tocou as trinta badaladas
No cume de sua igreja serrana
Voltou pensando, mais uma mijada
Tão enferrujado quanto aquele badalo
Tornou a deitar em sua cama
Queixou-se a Deus por sua sina

Da razão de morrer sozinho e velho
Nenhum sinal, nem mesmo uma luz
Pegou então seu alfarrábio vermelho
E começou a relatar sobre sua pesada cruz

Torna a levantar, vai ao banheiro
Veste-se e vai ao altar, falar mal do dinheiro
Das furnicações da carne e do álcool

Depois ergue a óstia e o cálice de vinho
Como um raio, busca um ânimo exaltado
Fala da carne e do sangue do Salvador
Depois retorna à sacristia, deita em seu ninho
E lá conta com alegria, o dízimo ofertado ao Criador

Decimar Biagini

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O JULGAMENTO DO POETA

Inicialmente fora ouvido
o delinquente envolvido
Depois veio o ofendido
Daí, o testemunho inquirido

Novamente, o acusado
Para possibilitar a ampla defesa
Ele já estava cansado
Como toda alma muito tempo presa

- Exa! Por que estou algemado?
Qual foi o crime, doutor?
Que eu saiba, só estou condenado
A sofrer as penas de amor

Sempre gostei de mulher bonita
Mas procuro só ganhar as solteiras
Presenteio as prendas com fitas
Do melhor cetim que encontro nas feiras

Faço versos e toco o banjo
Nas noites enluaradas
Poucas quizílias arranjo
Pois fujo das janelas casadas

Me diga então, meu prezado,
Em que enrascada estou metido
Se nada fiz de errado
Acho que trocaram o envolvido...

Tu fostes levado a este juízo
Por razão de uma denúncia
De que por conta do teu improviso
Conquistastes uma leitora jagunça

Ela adentrou no congresso
Como se fosse um mar desmedido
Os deputados estavam a fazer bagunça
Um dep. palhaço fazia piada após seu ingresso
A dita cuja leu em poema tua denúncia
Matou todos, e suicidou-se em protesto!

Doutor, se fiz poesia com fermento
Faltava açucar ou sal antes do fogo
A interpretação gera relativo sentimento
Jamais escrevi por mal, o poema é um jogo

Falando isso, o Poeta foi julgado na sexta-feira
Saiu do presídio mediante escriturado engodo
Escreveu um poema destinado a carcereira
Conquistando-na, ela colocou a mão no fogo

Hoje, após esta trajetória acima rimada
até que o tempo assinale liberdade de expressão
O poeta viverá com sua anistia em Pasárgada
E qualquer coincidência com a realidade, é mera impressão

Decimar Biagini e Marisa Schimidt

POEMAS DO DIA

BOTOS-BRANCOS
_________________________
Uma conflitante opinião
acerca de tão delicada
e importante discussão
foi recentemente publicada

Pelo colunista Paulo Santana
Como conseqüencia
da dispensa de licitação
Com freqüencia
fala-se de estádio sem construção

Nada saiu do papel
Deixando-se para a última hora
O projeto segue revel
Então virá a copa, e vamos embora

Se criará então o gasto na urgência
Por conta da demora dos executores
Então abrirão os cofres com violência
E teremos perdulários governadores
Após a copa, Uiaras* em decadência
Perderão as bandeiras, as cores
Não justificando mais sua existência
Serão filhos esquecidos por atores
Que lucraram ao custo da nossa demência

Decimar Biagini

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Na África do Sul, após a copa, alguns estádios sequer continuarão sendo utilizados, rotulados então como Elefantes Brancos.
Elefante branco é uma expressão idiomática para uma posse valiosa da qual seu proprietário não pode se livrar e cujo custo (em especial o de manutenção) é desproporcional à sua utilidade ou valor. O termo é utilizado na política para se referir a obras públicas sem utilidade. (Wikipedia)
Como aqui no Brasil não temos Elefantes, o maior animal nativo é o nosso Boto, existe o boto-rosa e o boto-branco (esse também conhecido como Uiara), daí a analogia aplicada no poema.
Cinco dos doze estádios da copa serão potenciais botos-brancos, isso inclui os estádios de Brasília, Cuiabá, Manaus, Natal e Recife, que já estão que já foram licitados mas com certeza terão enormes aditivos para coplementar a urgência, o que fará com que haja dispensa da licitação ao final do prazo, provavelmente ficarão vazios depois da Copa, já que as cidades em que estão sendo construídos não contam com clubes de futebol muito populares ou não têm um número de habitantes que justifiquem seu tamanho. (Informa o Portal Terra)
O Poema acima saiu de um improviso no concurso da Comuna NOP. Santana é colunista diário do Jornal Zero Hora.

domingo, 8 de maio de 2011

HERANÇA DE UM CAUDILHO



Correu notícia
De uma guerra
Virou cobiça
Em minha terra

Inda disseram
Que era em campo
Linhas fizeram
Com bandeira e canto

Era grenal
Lá corria um menino
Nascido na capital federal
Que com um toque
entoava um hino

Parecia receber
A herança de um caudilho
Se o grêmio iria vencer?
Ainda não terminou o estribilho...

08/05/2011
17h14 min (Leandro faz ao
primeiro minuto do segundo tempo).

Decimar Biagini

O QUE A VIDA NOS RESERVA?

Das esmeraldas copiadas
Fiz topázio de minh’alma
Garimpando nas lavras
Fiz remédio para o trauma

Irá Deus com sua picareta
Revelar a mim, em olhos d’água
Nessa mina tão obsoleta
Que aponta a escassez existencial
Cujo arco-íris sombreado de mágoa
Nada revelou em seu final?

Cruzo hoje pelo céu frio
Dissipando nuvens de sonho
Na poesia que se constituiu
Em um pesadelo medonho

Desse mar de ilusões
Cuja sina de meu nome
É dizimar versos e emoções
Enquanto a rima me consome
Nada restou desta busca
Todo ouro que obtenho logo some
A solidão agora me assusta
Tento comer, mesmo sem fome

Decimar Biagini

Apócrifos Discursos

Um outro dia,
tive vontade de ser médium.
Fazer poesia,
espantando o mundano tédio.
Numa psicografia,
receber Bilac como remédio.

Mas por ironia,
isso requer talento.
Para minha alegria,
fiquei bem atento.
Hoje escrevo na NOP.
Citando-me 100%.

Decimar Biagini

sábado, 7 de maio de 2011

CINDERELLA ÀS AVESSAS

Não te leves ao borralho
Deixando a vida passar
Fazendo a dor do lírio fresco
Em lembranças de veneno

Nessa vida não há atalho
Algumas vezes, ao ventar
Sentimos medos lendo um texto
Outras vezes, feliz é o seu aceno

Quizera eu refazer teu ensaio
E em abóbora não fosse se transformar
Aquele teu conto de nobre contexto
Talvez não houvesse sapatinho no terreno

Talvez sapato algum sirva!

Decimar Biagini

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A SITUAÇÃO DO BRASIL ESTÁ ERÓTICA - E O POVO ÓHHH

Definitivamente
O erotismo brasileiro
está ardente

Subiu a lã do carneiro
Despindo muiita gente
Nem mesmo o bicheiro
Pode usar roupa brilhante

A inflação tem deixado
muita gente magérrima
A dilma vem dando recado

Mas não está dando conta dele
O real está defasado
O Brasil não é mais aquele
E o impostometro está acelerado


Falam em olimpiada
Em opa do mundo e trem bala
Parece até piada
Mas nosso dinheiro não dá para nada

O povo corre pelado, nu, com a mão no ...
Pois do jeito que anda, faltará papel higiênico
E digas aí leitor, como andas tu?
Se também tá duro, que tal fazer pornô cênico

Fode o Brasil, entre na fila atrás da Dilma
Não a nada mais erótico que um ato obsceno
Para completar, caiu o flu
O cruzeiro, o inter e o grêmio
Tudo culpa, já disse, da Dilma
Só relaxando como comic"u",
Arriscar um filho, não é coisa de gênio
e com o preço da pílula lá em cima!

Decimar Biagini

terça-feira, 3 de maio de 2011

CACHINHOS DOURADOS - AGENTE 171 DA CIA

CACHINHOS DOURADOS
A AGENTE 171 DA CIA


O primeiro urso
Foi viajar
O segundo urso
Foi pescar
O terceiro urso
Deixou o mingau esfriar
Cachinho, no percurso
Resolveu entrar
Cachinho, sem discurso
Resolveu papar

Quem esteve na minha cama?
Perguntou o urso menor
Quem usou o meu pijama?
Perguntou o de parda cor
Quem matou o Bin, digam por favor?
Foi você que o matou Obama?
Perguntou o urso pescador

Cachinhos Dourados logo sumiu
Foi quando um urso negro
Após longo discurso, a culpa assumiu
- O matamos sem arrego!

O corpo do dito cujo, ninguém viu
E Cachinhos continua com sua sina
Amanhã Iran, Ontem Fukushima
Já matou Sadan e sabotou Shernobyl

Decimar Biagini

segunda-feira, 2 de maio de 2011

NÃO O BASTANTE

Quantas vezes amor,
Já te vi perguntando?:
- Quantos anos amor,
estamos namorando?

Talvez te escutasse a indagar
Enquanto levantava uma taça
Quantas vezes a brindar
Sem jamais perder a graça

Reconhecendo teu olhar
Amando-te sem que soubesse
No intervalo de uma jura
Tão lindo é o versejar
Quando o amor transparece
A poesia parece sair pura

De grão em grão
De planeta em planeta
Já percorremos desertos de solidão
Até fazermos juras na calda de um cometa

Nosso amor é grande o bastante
Não é mesmo minha querida
Um universo sereno de imenso brilho
Que faz com que o tempo nessa vida
pareça tão pequeno, um propenso idílio.

Decimar Biagini

domingo, 1 de maio de 2011

XENOFOBIA GALOPANTE





XENOFOBIA GALOPANTE


- Daonde tu és forasteiro? (1)
- Sou das bandas do poente. (2)
- Acaso és um justiceiro? (1)
- Se disser que sim, ficarás valente? (2)

Miram os olhos de forma fixa e avermelhada.

- Honório, sirva um pouco de cana ao infeliz (1).
- Desculpe, hostil habitante dessa comuna,
mas não aceito mimos, não sou do tipo meretriz (2).
- Escute, imbecil ser errante de égua lubuna,
aqui sou eu quem paga, aqui sou eu quem te diz:
vira este copo e some dessa cidade,
busca o teu oriente a galope
e se olhares para trás conhecerás tua verdade (1).

- Glup, glup, glup, argh (2).
Pouco depois.
- Pocotó, pocotó, pocotó (3).
- Bang (1).
- Ai, ai (2)

- Puta que pariu tche, não era para ser assim (1).
- O merda do contra-regra argentino, trocou a bala de festim (1).

Decimar Biagini

Oblação Asteca

Algumas obras
exigem sacrifício.
Algumas manobras
não trazem benefícios.


Vejamos o caso
do povo Asteca.
Com seu holocausto,
na terra da Nova Espanha,
criavam um mito falso,
de que sacrificando humano,
a prosperidade se ganha

Maldição sua queda?
Talvez!
Sua civilização virou pedra.
E todo o sacrifício, nada fez.

Decimar Biagini

NAS ASAS DE MEUS POEMAS

_______________________
Não só pelas terras desertas
Ou nas mais ermas geleiras
O poema trouxe descobertas
Agrupando palavras em fileiras

Emaranhado de sentimentos
Que a cada leitor conduziu
Em suas asas soltas ao vento
Foi o pássaro mais livre que se viu

Não só são meus os versos
Como daqueles que os leram
Foram puros os manifestos
Até aos que não os receberam
_____________________________
Decimar Biagini

CHASQUE AO AMIGO WASIL

Se morro na poesia,
e tu morres na melodia.
Se deixa de arder em veia tua
o improviso de uma meia lua.

Me acompanhe em minha morte,
no último sorver do chimarrão.
Pois é duro ser poeta sem tal sorte,
assim como o músico sem canção.

Se alguma vez faltei contigo amigo
que me decepem os dedos de poeta.
Se acaso escrevi só com meu umbigo
perdõe meu jeito de narcisista pateta.

A poesia já nos transportou
por terra de charruas,
reinos e solitudes.
Tudo que pela net se criou,
foi feito por almas nuas,
sem treino e até rudes.

Não demos em nossas dores
mais sorte do que a escrevemos.
Nessa amizade surgiram atores,
nas muitas vidas que tivemos.

E assim, nosso encontro final,
como não teve nascimento,
morte também veio igual.
Mas deixo aqui meu sentimento,
de respeito, por este bagual.

Decimar Biagini

GÉLIDO OLHAR SOBRE O GRENAL



A idéia de um Deus frio
não apraz esse poeta.
A de que nunca existiu
deixaria mais dura a queda.

Prefiro buscar sinais,
no por do sol do Guaíba,
na bravura de meus ancestrais,
nas emoções dos grenais,
nos erros de Leonardo Gaciba*.

Decerto que Deus Existe,
veste pala, bota e guaiaca.
Do contrário seria tão triste,
ter o gaúcho, a mesma sina da vaca.

Decimar Biagini


*árbitro de futebol,
que muito apitou tal clássico.

DIA DO TRABALHADOR



O mês de maio volta esse ano com a luz escondida, já não se pescam peixes ao mesmo preço, tampouco pode o trabalhador comemorar seu dia com o tanque cheio, no máximo consegue travar caminho com sua família entre uma loja de conveniência e outra, dependendo sempre de técnicas e superstições como: banguela, calibração de pneus, e, segundo a Presidenta (ela manda que a chamem assim) Dilma, não encher o tanque (essa com certeza é a técnica econômica mais fácil de atingir ante a indexação desproporcional entre o famigerado plano pró-álcool e a indexação de preços ao aumento do salário mínimo nacional).
Por sorte, nesta crise de atmosfera errante, o movimento cinza da nave de inverno ainda não atingiu com mísseis gélidos os que não tiveram a opção entre andar a pé ou comprar agasalho, embora muitos digam por aí que as frotas de veículos aumentaram, existe uma subgrupo de pessoas que não visitados pelo IBGE pelo simples fato de que não tinham casa para recebê-los, estão não tão somente desempregados, como perderam a esperança de vida, quando muito recebem a ajuda em algum posto avançado espírita na tramitação entre a desencarnação e a recepção pelos espíritos evoluídos que o aguardam no tão abençoado "NOSSO LAR", tais irmãos, aqueles menos abastados, geralmente enfrentam as filas de cura e confortação em correntes de tais casas para dizerem frases como: "Quero só mais um teco", "Estou com muito medo, pois nunca ouvi falar nesse tal Jesus que vocês falam".
Pois bem, com certeza estas almas seguirão pisando na areia que pisamos, sem sequer saber o sentido mais digno da palavra "emprego", "bem estar", "saúde", "educação", "lazer", "moradia", enquanto nós, os mais afortunados, continuaremos reclamando da gasolina, da inflação, e do enxugado salário. A esperança nisso tudo, é que tanto os peões, quanto os reis (Sheiks, Dilmas, Valérios, Eikes, Gates, Napoleões, Césares, Hitlers, Blaires, Malufs, Netos, Sarneis, Usineiros do Álcool), no final desse injusto jogo, serão recolhidos para dentro da mesma caixa, daí conhecerão Deus, Jesus, Maomé, Pedro, Moisés, Buda, Maria, Kardec, Lutero, Joana D'Arc, João Paulo, Madre Tereza, Santo Agostinho, Da Vinci, Francisco Lorenz, Chico Xavier, Gandhi e Tiradentes. Do contrário, incluiremos aí Eisten, que concluirá externamente a esta caixa a tese final de sua teoria da relatividade, nesse mesmo instante, Karl Marx seria declarado o maior profeta de todos os tempos, seria santificado pela igreja católica e diria a Noé no último grande dilúvio que findaria com todos os habitantes dessa erma terra: "PARA TUDO, QUE EU QUERO DESCER!". Fora isso, tenham um feliz dia do Trabalhador.

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?