Ante a austera e rígida justiçaVejo na platéia um olhar maternoEnquanto o promotor ao júri atiçaPercebo o cliente condenado ao infernoFui então na cela paralela à sessãoHavia um depoimento reduzido a termoQue sequer foi levado em questãoEra a insígnia de um defensor de ternoQue transcrevia a frase "in dubio pro reo"Aquilo deixou-me tomado de adrenalinaVoltei e ergui o garantismo como troféuPorém, ninguém sabia o que era garantismoAchavam que condenando ganhariam o céuPercebi que estava na inquisição do continuísmoMinha única redenção, foi o olhar maternoComo que num espelho d’água, via nele conformismoSeu filho perdeu, mas ganhei um abraço fraternoPelo menos alguém, entendeu o que era o garantismoDefender alguém, sem olhar a quem, apenas por garantia...De que ninguém pode ser condenado pela dúvida da sociedadePois aquela mãe que sofre por seu maior bem, enquanto o júri sentenciaSentiu que o mínimo foi feito com esmero, por um advogado de verdadeDecimar Biagini
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