Vira a noite, e mais uma vez, o ponteiro
E nesse reponte, se foi o mês, tão ligeiro
Chega o natal, o consumo, e a depressão
Fico mal, e pior que nem fumo, e dói o pulmão
As pessoas nas ruas, com seus canos de descarga
Na praia, andam nuas, sujam a areia, o mar, a calçada
As crianças, tiram os sapatos, e vão para os semáforos
Nessas andanças, viram gatos, explorados por anteparos
Toda a doação, toda a solidariedade, dura até o dia 26
E nesse diapasão, tudo volta à normalidade! Inclusive vocês?
Que nada, vem o ano novo, compra-se roupas brancas e porcos
E na ressacada, joga comida o povo, à santas, mantras e mortos
E as crianças, no próximo inverno, continuam sem roupas e sem comida
Mas são tantas! Como resgatá-las do inferno? Melhor cada um cuidar da sua vida?
Decimar Biagini
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