DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

JUSTIÇA TRABALHISTA


O pobre homem do campo

Tremendom nas mãos da Excelência

Em calvário sacro-santo

Após longa espera pela audiência

O olhar a fugir de canto

No sorver da mágoa com o patrão

A justiça, seu único manto

A cobrir a penúria da exploração

Os Advogados a se degladiar

Em disputa de egos e autofirmação

O Juiz, de olhar corrido ao folear

A manter a ordem na discussão

Mensuram-se riscos em perícias

Do acidentário ao insalubre

Se eram bichos de pelúcia

Ou se a vaca tinha ubre

O homem, sem entender nada

Sem poder abrir a boca

A audiência se faz encerrada

O trabalhador assina com dificuldade

Para ele, a ata é coisa solta

Não importa sua realidade

Depois vem a prova contestada

E a sentença então será dada

As rugas e sua vasta idade

A mão tão calejada

Isso não valerá nada

Que venha o papel

A trazer sua vida sentenciada

Que o Homem lá do céu

Já tem opinião formada

Decimar Biagini

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