DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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segunda-feira, 23 de março de 2009

SONETO LIVRE Á CIGARRA


A cigarra fez-me cantigas

Entre meus mates e guitarras
Seu canto lindo foi perdido
Sem que houvesse motivo

Então morreu no outono
Pobre inseto sem dono
Para que cuias de amores
Se mateava em dores?

A cigarra fez ponteiros
Em nostálgica lembrança
Pois a vida em entreveiros

Lhe deu a última dança
Fez meu ouvido de cativeiro
Em música que se cansa

Decimar Biagini, no enterro da Cigarra

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