Agora tudo é saudade
pouco adiantou minha espera
hoje não resta mais nada
alguma alma penada
na ronda do Campo Santo
o urutau com seu canto
assombrando a Madrugada
Assim, sem ocupação
vai se finando o escritor
para o sono sem dor
um céu borrado de luz
destino mau o conduz
a desolada sapiência
Marcando o fim da existência
lá no gramado, uma CRUZ
Que se erga um pedestal
ao poeta desconhecido
somo símbolo enternecido
de sua sobrevivência
escrita com imponência
em pedra talhada ou bruta
a nobresa absoluta
do poeta sem decadência
(Decimar Biagini, 24 de outubro de 2008)
* Canto do Urutau
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