DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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quinta-feira, 28 de março de 2024

Solidão piramidal

Solidão piramidal e nova escravidão - dessa vez digital - reflexão na sexta-feira da paixão! 
Durante numerosas mudanças
Detectei que devia ser mais leve
Colocar tudo na balança
E entrar no processo "desapegue"

Também não significa
ser oposto de ávaro
Paul Valéry dizia frase que se apruma
"Preciso ser leve como o pássaro
e não como a pluma”

Os antigos egípcios
tinham uma crença de triagem 
achavam que nos sacrifícios
na longa viagem
os mortos até chegar a seu destino
Fariam na alma pesagem
Na cerimônia, do deus Osíris
o morto fazia sua defesa
e se
declarava inocente
de pecaminosa bagagem

Seu coração
considerado
a sede da consciência
era colocado
numa balança

Certamente deveria ser
espírito de elevada luz
Se pesasse mais
que uma pena de avestruz
o morto
sofreria castigos
e até devorado
por um monstro mítico

Almas leves, em paz com a consciência
Seguiriam seu caminho com decência
e eventualmente poderiam
chegar ao paraíso

Se na alma fosse feita
hoje tal pesagem
num pós-covid
que oportunizou reciclagem
Não há quem duvide
pouquíssimas pessoas
seguiriam viagem! 

A toxicidade e densidade
dessa era digital
De aparências
e comparações tóxicas
De falta de empatia,
pouca conformidade
e distanciamento descomunal
Nos deixaram balofos
com pedras amarradas 
na própria vaidade
em solidão piramidal

Decimar da Silveira Biagini
28 de março de 2024

quarta-feira, 27 de março de 2024

Apenas confie


Confiemos nas coisas eternas 

Antes que o Rabi Nazareno revelasse
Aos queridos temerosos discípulos
E o corpo, ao tabernáculo comparasse 
Falava na marcha e seus obstáculos

“Importa, porém, caminhar
hoje, amanhã e no dia seguinte.”
Cumpria aos discípulos escutar
Hoje tão atual, ao bom ouvinte

Esse trecho emblemático
Fica em Lucas, 13:33
Idade do evento temático
O resto já sabem vocês

Em metáfora, dizia da missão do além
Nosso Herói não foi enfático
Se referia a marcha de Jerusalém
O martírio glorioso para o eterno

Decimar da Silveira Biagini

segunda-feira, 25 de março de 2024

Poeiras e desapegos

Poeiras e desapegos

Nossa memória
E escolhas tolas
Nossa tragetoria
E coisas boas

Definem o amanhã
Tragédia ou glória
Mente doente ou sã
O resto é história

Quando me mudo
Vejo muito entulho
Sai tralha em absurdo
Só essencial embrulho

A vida se torna leve
Com Jesus tenho tudo
Deixo o que não serve
Levo a fé como escudo

Decimar da Silveira Biagini

domingo, 24 de março de 2024

A lei, o propósito e a vida

Não há esmola maior
Que iluminar onde estiver
Ter empatia na dor
Alegria na prova qualquer

Não há equilíbrio maior
Que disciplina e simplicidade
Na efêmera nuance terrena
Traz evolução e felicidade

Toda perda é irremediável
Quando não se ora ao Consolador
Deixe ir e torne aceitável
Desamarrar é ato de amor

Para elevação prescrita
Cuide da reforma íntima
Ignore a ofensa aflita
Nesse plano não há vítima

Quando fé e cultura se abraçam
A doação está na humildade
Respeitar opiniões que façam
A riqueza está na diversidade

Na benção do corpo
Cultive como canteiro
Não abuse quando novo
Pois o resgate virá ligeiro

No erguimento da paz
Se segue o divino semeador
Liberdade e caridade se faz
Semeando amor onde for

Confiar, orar, vigiar e servir 
Verbos que exalam humildade
Em torno do crístico porvir
Tais encargos trarão liberdade

Decimar da Silveira Biagini

sábado, 23 de março de 2024

Pedintes que somos


Uns adoram atalhos
Desejosos milagres
Para superar atos falhos
Ou suas responsabilidades

Quem nunca os suplicou? 
O Mestre confere-nos
Através do que lecionou
Dádiva e iniciativa pede-nos

No entanto, existe equilíbrio
Na Lei Divina, a prova
Para todos os filhos
Dá a cada um pela obra

Abundante verbalização
Raras vidas nos conformes
Fé, inteligência e razão
Tropeçam esperando milagres
 
Compromissos assumidos 
Resgates e sobrevivência
Na terra densa esquecidos
O melhor pai na essência
Não faria deveres dos queridos

Senão pelo exemplo e trajetória
De renúncia e de sacrifício
Eis sua lição e sua glória
O Filho veio pelo Pai em ofício

Pedro não tinha ouro nem prata
O pedinte queria apenas esmola
Mas a dádiva salva a alma ingrata
Por Cristo veio a cura sem demora

Todo bom filho poder curar
Ser santo para honra Dele
E Ele lhes disse sem titubear:
 - "Não peçais mais do que
 vos está ordenado" 
João
Batista foi claro ao alertar
Cautela no milagre reclamado 

Decimar da Silveira Biagini

Fernanda

Feliz aniversário
Enorme alegria
Rainha do berçário
Notável sabedoria
Amor lendário
Na cotidiana poesia
Digna e nobre
A tua fé nos contagia

Decimar da Silveira Biagini

Justo Farol

Justo Farol

Gota no oceano duvidosa
Lançada na eternidade
Numa corrente desditosa
Desviada pela vaidade

Somos navegantes
Sedentos de liberdade
Porém, ignorantes
Presos cedo ou tarde

Num mar tempestuoso
Distantes, destino enlaça
Para ilhas de ego perigoso
Onde a luneta logo embaça

Mas preciso mapa
Com sinuosos desafios
Deus então traça
Deixa tesouros e roteiros

Dentre provas e expiações
Surge a Justiça com graça
Trazendo paz aos corações
Como Deus, não há quem faça

Decimar da Silveira Biagini

Ouça Jesus

Ouça Jesus "não se preocupe" 
Eu abro a geladeira
Penso, o que tem para hoje?
Corro para feira
Fico na fila e digo Jesus socorre
Sinto que a vida passa ligeira

Então entre filas e percepções
Resolvo fazer poesia
Mais valem metáforas que refeições
Pois Jesus é minha alegria

Decimar da Siveira Biagini

quarta-feira, 20 de março de 2024

Não é um dia qualquer


No último dia do verão

A brisa se despede
Há vida em toda estação
O sol já se recolhe
E as folhas então cairão

A natureza adormece
É o ciclo da vida  
Com fé se agradece
Por toda sorte obtida
 
Cada ciclo tem sua graça
Quem observa não esquece 
Então, que Deus nos faça
Sentir Sua vontade na prece

Decimar da Silveira Biagini

terça-feira, 19 de março de 2024

Gênesis Poética do Verbo

Gênesis Poética do Verbo
Maravilhosa criação
Se deu na vontade celeste
Universo é sua intenção
E tudo que nele se preste

Não foi ato físico de Deus
mas, pelas Suas palavras
Tudo teve forma e obedeceu 
Vulcânicas luzes e lavas

A voz do Pai é incrível
Nos faz acalmar a mente
Crer num Ser invisível
Que tudo vê e sente

Decimar da Silveira Biagini

A verdadeira renovação

Renascer sem cinzas
Desatar o nó do passado
Doar as vestes antigas
E energia densa bloqueada

Não ocorre num só instante
Algumas fases necessárias
Como lapidar do diamante
Polindo arestas dispares

Tal a ave que troca as penas
Ou curado que muda semblante
É preciso apurar Divinas antenas
Valorizar lição em cada instante

Uma nova identidade ou renascer
Despertar para a pura consciência
O novo, permita no seu tempo viver
O Pai espera com toda paciência

Decimar da Silveira Biagini

segunda-feira, 18 de março de 2024

HOJE

*H* oje é oportuno
*O* mínimo ao alcance
*J* á fará insumo
*E* is sua onírica chance


POETINHA_CRUZALTENSE

Musiquinha para Valentina

Musiquinha para Valentina

Valentina minha linda
Vou contigo aonde for
Tua estrada está florida
Lírios puros de amor

Valentina minha fofa
Vou contigo aonde for
Lampejolas pela roupa
Com tapetes rosa-flor

Valentina meu anjinho
Vou contigo aonde for
Deus proteja o caminho
Em arco-íris de toda cor

Decimar da Silveira Biagini

O Mestre Carpinteiro

19 de março - dia de São José

Púlpito da poesia, aqui me apresento
Pra falar da fé e do amor de pai atento
No dia de São José, o santo carpinteiro
Que nos guia com força, em todo entrevero

São José nos ensina, com sua devoção
Que o trabalho e a fé vão de mão em mão
Com suor e com prece, seguimos jornada
Com a certeza que Deus nos rege e nos guarda

José, preparado à encarnação
pelo Próprio Deus, para crística educação
Jesus, por sua vez, procurou ser-lhe submisso
(Lc 2,51; Hb 5,8)
Após se perder dos pais, seguiu seu ofício

Assim, neste dia, que José nos inspire
A seguir com coragem, ornando telhados
Com fé e trabalho, que alguém nos admire
Amor Divino, nos guie pelos estrados*

Decimar da Silveira Biagini

halkai dominical

Halkai dominical

O par, na bolha, na chuva.
No vago, um seriado pago.
No sofá, nova fuga.

Decimar da Silveira Biagini

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